terça-feira, 15 de maio de 2012

A queda do Muro de Berlim e o fim da URSS



O muro de Berlim foi durante a sua existência um símbolo por excelência de todo o contexto mundial vivido na Guerra Fria, simbolizou o antagonismo político ideológico entre EUA e URSS que direcionou um mundo bipolarizado.

Estados Unidos e União Soviética iniciaram um processo de extensão de suas áreas de influências pelo planeta acompanhado de uma corrida armamentista nuclear e de uma corrida tecnológica espacial. Havia também uma preocupação constante em mostrar um modo de vida superior de cada lado e por isso houve uma intensa propaganda de ambas as partes que envolveram até mesmo as competições olímpicas.

Após 28 anos de existência, em 09 de novembro de 1989, o mundo assistiu estarrecido ao fim da divisão de uma cidade e a unificação da Alemanha, foi o início do fim da Guerra Fria que culminou em 1991 com a fragmentação da URSS. Desde o início da década de 80 a URSS já havia mostrado que não iria suportar o ritmo de competitividade imposto pelos EUA. A corrida espacial, os altos custos com a guerra no Afeganistão e com a manutenção do aparato militar soviético aliado aos problemas econômicos ligados a produção de petróleo e a agricultura levaram a URSS a desaparecer em 1991, pondo fim ao bloco socialista consequentemente a Guerra Fria.


A crise estrutural vivida na década de 80 pela URSS foi tão profunda que mesmo colocando em prática políticas governamentais arrojadas de modernização da economia soviética (Perestroika e Glasnost), Mikhail Gorbatchov não consegui evitar o fim da URSS em 1991.

No mundo atual, pós guerra fria, o cenário internacional tem como principal característica o avanço do processo de globalização em diversos níveis da vida cotidiana, como: na política, na economia, na cultura e na sociedade. O neoliberalismo representa uma nova fase do sistema capitalista que, com base na ideologia liberalista, atende às necessidades do mercado internacional no acirramento do sistema, traduzido basicamente na necessidade de abertura de novos mercados consumidores, redução de custos trabalhistas e diminuição do papel do Estado como regulador das relações sociais de trabalho e de mercado.

A ideologia neoliberalista impõe-se hoje, no contexto internacional, de acordo com os interesses dos grandes grupos econômicos do mundo, propondo reformas estruturais como: privatizações de estatais, abertura do mercado, derrubada de barreiras alfandegárias, dependência ao capital externo especulativo etc..

Pode-se dizer que a globalização atua como instrumento do capitalismo neoliberalista com objetivo de promover a integração econômica e política em âmbito global. No aspecto político-econômico, a globalização direciona-se para uma integração política regional e uma interdependência econômica, traduzida na formação de blocos econômicos para fins comerciais.

Com a abertura de mercado, circulação de informações e a formação dos blocos econômicos, a globalização acabou aproximando os povos e consequentemente aumentando a importância das relações internacionais na vida cotidiana de cada um. Em nível de governo, atualmente, a globalização faz com que as ações de política externa afetem diretamente a política interna e vice-versa, de modo que a linha que as separam seja quase imperceptível.

A queda do muro de Berlim, que completou 20 anos em 09 de novembro de 2009, simbolizou o início de uma nova era, não só para a Alemanha unificada e mais forte, mas também para todo o mundo. O continente europeu, por exemplo, a partir da década seguinte passou a apostar todas as suas fichas em um ousado projeto de integração regional conhecido como União Européia. A queda do muro abriu caminho para o fim da cortina de ferro imposta pela URSS e fez nascer um sentimento europeu acima das nacionalidades, conseqüentemente fez nascer também uma Europa mais unida, competitiva e consciente de que juntos são mais fortes.

Além disso, a queda do muro de Berlim mostrou que havia um novo direcionamento econômico e político se desenhando no mundo pós-guerra fria. Na economia - o neoliberalismo, que impôs novas regras para a economia mundial com a abertura de mercados. Na política - o multilateralismo tomou lugar do sistema bipolarizado, com o advento das potências médias regionais e dos blocos econômicos, o mundo vive atualmente um complexo sistema de relações no novo jogo do poder.


NOVA ORDEM MUNDIAL

O mundo bipolar não existe mais, esse era dividido em dois lados: Estados Unidos (capitalista) e União Soviética (socialista), ambos configuravam como as duas maiores potências mundiais.

Com o declínio do socialismo e, automaticamente, da União Soviética houve uma transformação no panorama da ordem mundial que começou a ser estabelecida.

Com a retirada da União Soviética do cenário mundial, em relação à sua influência política, os líderes dos Estados Unidos iniciaram uma série de decisões de acordo somente com seus interesses, uma vez que se tratava da maior potência mundial e não havia nenhum país para ir contra as suas ofensivas.

A partir dessa liderança mundial por parte dos Estados Unidos, esses começaram a intervir em diversas questões diplomáticas e militares no mundo, um exemplo claro dessas iniciativas foi quando tomou partido na invasão do Iraque ao Kuwait que ocasionou na Guerra do Golfo.

Essa atitude por parte do governo norte-americano não limitou somente as discussões e negociações intermediadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, pelo contrário, foi uma ofensiva arbitrária e imposta pelos Estados Unidos. De certa forma, era uma maneira do país se firmar como potência e líder mundial, isso em nível global.

Além desse fato, os Estados Unidos intervieram em diversos outros lugares do mundo, como uma espécie de apaziguador mundial que lhe rendeu muitos inimigos, especialmente os mulçumanos, independentemente da nacionalidade.

Isso se tornou explícito quando, em 11 de setembro de 2001, o país foi “vítima” de um atentado terrorista, quando dois aviões foram conduzidos a chocar-se contra um dos maiores símbolos norte-americanos, as torres gêmeas do World Trade Center, na cidade de Nova York, além do Pentágono (Centro Administrativo das Forças Armadas norte-americanas) em Washington.

O atentado em questão atingiu diretamente o orgulho americano, pois não imaginavam que poderia existir alguém que teria a audácia de se voltar contra a maior potência mundial. Ao mesmo tempo, isso serviu para que o país se colocasse de forma efetiva como líder mundial, iniciando assim um grande programa de “erradicação do terrorismo”, que automaticamente exigiu um apoio mundial por parte das outras nações, para que assim pudessem desenvolver ações contra esse tipo de “ameaça”.


A busca por culpados pelo atentado começou logo, o “bode expiatório” foi o Afeganistão, país acusado de acomodar a Al Qaeda e seu líder, Osama bin Laden, responsáveis pelo atentado de 11 de setembro.

Em pouco tempo o governo do Afeganistão foi deposto, mais precisamente em novembro de 2001, desse modo os Estados Unidos já haviam invadido o país com o apoio do Reino Unido, apesar disso não obteve êxito na busca por Osama bin Laden.

No ano seguinte, o governo norte-americano acusou países como Iraque, Irã e Coréia do Norte, intitulados de “eixo do mal”, de produzir armas de destruição em massa, além de apoiar a formação de grupos terroristas em seus respectivos territórios.

Diante desse argumento, os líderes norte-americanos requisitaram junto à ONU uma autorização para retirar do poder o ditador Saddam Hussein. Para desenvolver esse processo, os Estados Unidos não contaram com o apoio de países como França, Alemanha e Federação Russa, pois esses se opuseram à invasão. Apesar disso, em março de 2003, o Iraque foi invadido e seu líder, Saddam Hussein, foi tirado do poder. Recentemente, o governo norte-americano têm se voltado contra os países do “eixo do mal”, como Coréia do Norte e Irã, com a justificativa de que esses estariam com pesquisas nucleares.

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